SOBRE
Em 30 de maio de 1926:
- Presidente assume todas as pastas.
Nesse mesmo dia é instituído um triunvirato:
- Cabeçadas na presidência, marinha e justiça;
- Gomes da Costa na guerra, colónias e agricultura;
- Gama Ochoa no interior, estrangeiros e instrução.
Em 3 de junho de 1926:
- Cabeçadas na presidência e interior;
- Oliveira Salazar nas finanças;
- Manuel Rodrigues na justiça;
- Gomes da Costa na guerra e colónias;
- Jaime Afreixo na marinha;
- Carmona nos estrangeiros;
- Mendes dos Remédios na instrução;
- Ezequiel de Campos na agricultura e no comércio.
Em 28 de maio de 1926 as instituições republicanas foram derrubadas por uma sedição militar, iniciada em Braga por Gomes da Costa e coordenada em Lisboa por Mendes Cabeçadas, antigo revolucionário da Rotunda, ligado à União Liberal Republicana[1]. Uma revolução quase à procura de autor que recebeu inicialmente apoio de variadas fações, de anarco-sindicalistas a católicos, passando por seareiros, integralistas, republicanos conservadores e monárquicos, mas cujos líderes foram sucessivamente devorados (primeiros Cabeçadas e depois Gomes da Costa), até se atingir a estabilidade com Carmona, apoiado pelo Ministro das Finanças, Oliveira Salazar que, pouco a pouco, emergiu como verdadeiro líder da nova situação. Com efeito, Gomes da Costa, Cabeçadas e Carmona foram as três principais figuras de um puzzle sedicioso que, durante três meses, personificou um movimento que, sem autor, procurou um chefe.
[1] A Junta revolucionária de Lisboa era constituída, entre outros, por Cabeçadas, Gama Ochoa, Jaime Baptista e Carlos Vilhena, tendo o apoio do comandante da polícia, Ferreira do Amaral, que logo em 30 de maio foi nomeado governador civil.