SOBRE

manuel alegre

Fundador do Partido Evolucionista.
Ministro do interior do governo provisório, de 5 de outubro de 1910 a 4 de setembro de 1911.
Presidente do Ministério da União Sagrada, de 15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917, onde acumulava a pasta das colónias.
Presidente da República, eleito em 6 de agosto de 1919. Exerce as funções de 5 de outubro de 1919 a 5 de outubro de 1923.

Segundo Raúl Brandão, é um orador, até os seus artigos são discursos… mas justiça, liberdade e povo que para outros não passam de palavras, são para ele realidades profundas. Médico, deputado republicano antes de 1910. Quando estudante, com 24 anos, publica um célebre artigo, Bragança, o Último, pelo qual é condenado a três meses de prisão. Exerce a clínica em S. Tomé, donde regressa em 1903. Em 24 de janeiro desse mesmo ano, faz um vibrante discurso no funeral de Rafael Bordalo Pinheiro. Detido em 31 de janeiro de 1908. Diretor da revista Alma Nacional. Fundador do partido evolucionista.

O mítico tribuno dos tempos da propaganda heróica, o palavroso ideólogo da revista Alma Nacional, impulsivo no discurso, volúvel de feitio, todo ele uma sucessão rápida de amores e ódios, misturando tática com estratégia, tanto não tinha ideias gerais assentes em linhas filosóficas mínimas. Romântico, homem de crenças, reduzia as ideias ao prazer do discurso.

Ministro do interior do governo provisório de 5 de outubro de 1910 a 4 de setembro de 1911. É então o ministro da província.

Começa por ser apoiado por Machado Santos, mas em breve constitui uma terceira força, aproveitando os confrontos entre o grupo de Camacho/ Relvas e o de Costa/ Bernardino.

Presidente do ministério da união sagrada, de 15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917, onde acumula a pasta das colónias.

Presidente da república eleito em 6 de agosto de 1919. Exerce as funções de 5 de outubro de 1919 a 5 de outubro de 1923. É o único que consegue cumprir o seu mandato. Morreu em 30 de outubro de 1929.

A partir de janeiro de 1911 desenha um movimento de rutura com a fação dominante no governo provisório. Nesse mesmo mês apresenta no conselho de ministros, projeto sobre o horário de trabalho, que não é aprovado. É então que começa a publicar-se o jornal República, de que é fundador (15 de janeiro).

Dá apoio frouxo ao segundo governo, presidido por João Chagas, em setembro de 1911, quando se esboça uma manobra entre camachistas e afonsistas para o afastar. No mês seguinte é vaiado e sovado no Rossio por afonsistas.

Tinha-se declarado independente do Partido Republicano em nota publicada em A República. Em Novembro António José de Almeida e Afonso Costa vão de comboio ao Porto em propaganda. Na chegada ao Porto, Almeida é insultado e Costa aplaudido. Repete-se a cena no regresso a Lisboa, no dia 6 de novembro. Manifestantes gritam vários morras e Almeida, em charrette, tem de sacar da pistola para se defender. Costa vai de automóvel e é ovacionado.

  • Quarenta Anos de Vida Literária e Política 4 vols., Lisboa, 1933-1934.

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