1852 – 1861

[indexTimeline years=”1852,1853,1854,1855,1856,1857,1858,1859,1860,1861″]

[startIndexSection name=”1852″]

Dia 23 de fevereiro –  Apresentada na Câmara dos Deputados uma proposta de reforma da Carta.

Março

Dia 4 – Remodelação no Governo de Saldanha. Seabra e Garrett no governo. Fontes efetivo na Fazenda. António Luís de Seabra, ministro dos negócios eclesiásticos e justiça, substitui Rodrigo da Fonseca, que ocupava a pasta interinamente. Fontes cede a marinha a António Luís Jervis da Atouguia, assumindo a fazenda como ministro efetivo. Este passa a pasta dos estrangeiros a Almeida Garrett.

Dia 30 – As Cortes são adiadas por 51 dias, até 20 de maio de 1852.

Dia 20 de maio – Reabrem as Cortes. Entra em discussão a proposta de reforma da Carta.

Dia 4 de junho –  Concluída na Câmara dos Deputados a discussão da reforma da Carta.. A discussão na Câmara dos Pares apenas termina no dia 1 de julho.

Julho

Dia 5 – D. Maria II sanciona o Acto Adicional. Com esta reforma, surge uma espécie de armistício constitucional, integrando-se no corpo da Carta algumas das principais reivindicações dos setembristas. Dá-se também a abolição da pena de morte para crimes políticos.

Dia 24 – Dissolução da Câmara dos Deputados, com o governo a entrar de novo em ditadura.

Agosto

Dia 15 – Reforma da pauta aduaneira.

Dia 17 – Garrett e Seabra saem do governo. Em 17 e 19 de agosto de 1852: Atouguia reassume os estrangeiros, substituindo Garrett (dia 17). Rodrigo da Fonseca volta à justiça, substituindo Seabra (dia 19).

Dia 30 – Criação do primeiro ministério português da economia. Fontes assume a titularidade do novo ministério das obras públicas, comércio e indústria (interrompeu este exercício de 8 de novembro de 1855 a 3 de janeiro de 1856, quando foi substituído por Rodrigo da Fonseca). Até 6 de junho de 1856.

Setembro

Dia 1 – Criada a Companhia Geral do Comércio, Agricultura e Manufaturas.

Dia 3 – Frederico Guilherme da Silva Pereira assume a pasta dos negócios eclesiásticos e justiça (até 6 de junho de 1856).

Dia 11 – Reforma das Alfândegas de Lisboa. Aprovada a pauta livre-cambista em 27 de dezembro.

Dia 30 – Instituído o imposto predial.

Outubro

Dia 11 – Questão dos vinhos do Douro. Criada uma Comissão Reguladora da Agricultura e Comércio dos Vinhos do Douro, tendo como objectivo disciplinar o comércio dos vinhos do Douro.

Dia 13 – Vantagens para os ingleses na exportação dos vinhos do Douro. Estabelecido um imposto de 500 reis por pipa para os vinhos entrados no Porto e Vila Nova de Gaia. Os críticos consideram que assim foram criadas vantagens para os ingleses na exportação do vinho do Porto.

Dia 30 – Novo decreto eleitoral: Um novo decreto eleitoral de 30 de setembro de 1852 fixa o número de deputados em 156, com 48 círculos, situação que vai manter-se durante sete anos.

Novembro

– Estabelecido o Segundo Império em França.

Dia 16 de novembro – Novo regulamento dos celeiros comuns, montepios agrícolas e Montes da Piedade.

Dezembro

Dia 12 – Eleições. Vitória das listas governamentais, onde se incluem os ordeiros. Oposição de um grupo então dito conservador ligado ao cabralismo. A maior parte dos deputados são empregados do Estado e militares. Consultar as eleições de 12 de dezembro de 1852.

Dia 16 – Decreto sobre exposições anuais de gados.

Dia 20 – Reforma do ensino agrícola. Criação do Instituto Geral de Agricultura.

Dia 22 – Introduzido o sistema métrico decimal de pesos e medidas, criando-se uma Comissão Central de Pesos e Medidas, cujos vogais são nomeados em 28 de fevereiro de 1853. A partir de 14 de janeiro de 1853 já todas as repartições do MOPCI passam a adotar o sistema unificado de pesos e medidas.

Dia 27 – Aprovada pauta livre-cambista. Entra em vigor no dia 1 de janeiro de 1853.

Dia 30 – Estabelecido o novo ensino industrial.

Dia 31- Serviços de correios e postas passam para o MOPCI.

Ainda em 1852…

– Continua governo de Saldanha
– Surge em Coimbra a revista O Instituto
– Criação do Centro Promotor dos Melhoramentos das Classes Laboriosas
– Silva Porto inicia viagens de exploração no interior de África
– Viagem de Benguela à contracosta
– Primeira greve operária em Portugal (dos tipógrafos)
– Começa o serviço de malapostas entre o Porto e Lisboa

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Dia 2 de janeiro – Discurso da Coroa. Assume-se em oposição o deputado Basílio Alberto de Sousa Pinto. Critica os actos ditatoriais do governo que não tem maioria clara na Câmara dos Pares.

Dia 23 de março – Medidas de fomento florestal. Distribuição gratuita de sementes de pinheiros. Fomento da cultura da amoreira. Responsabilização das câmaras municipais pelos projectos de povoamento florestal. Em 26 de Novembro será nomeada uma comissão para a redação de um Código Florestal, integrando Rodrigo Morais Soares.

Maio

– Conflito entre Lisboa e o Vaticano por causa do Padroado

– Conflito com o Papa em Maio de 1853. Considera-se que um breve pontifical afecta o nosso Padroado no Oriente.

– Em Maio de 1853, D. Pedro V, acompanhado pelo visconde de Carreira parte para uma viagem à Europa. Recebe Napoleão III em Bolonha em maio de 1854.

Dia 12 de agosto – As cortes são adiadas por 125 dias até 15 de Dezembro de 1853.

Outubro

– Surge o primeiro caso de colera morbus em Valença

Dia 15 de novembro

– Morte de D. Maria II. Tinha, então 34 anos. D. Fernando jurado regente no dia 19 de Novembro.

Ainda em 1853…

– Continua governo de Saldanha. Regência de D. Fernando.
– Utilização dos selos postais portugueses
– Primeiros trabalhos para o assentamento das linhas de caminhos de ferro
– Oliveira Marreca apresenta na Academia das Ciências um projecto sobre estatística
– Surge O Portuguez
– Surge o Jornal do Commercio
– Garrett publica Folhas Caídas
– Surge o quarto volume da História de Portugal de Alexandre Herculano que é eleito presidente da Câmara de Belém pela oposição.

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Dia 21 de janeiro

– Criada a comissão central para a exposição de Paris, presidida pelo marquês de Ficalho. Participam, entre outros, Tavares Proença, José Jorge Loureiro, Aires de Sá Nogueira e José Ferreira Pinto Basto.

Fevereiro

– Criadas comissões distritais para o estudo da cultura do arroz e os seus efeitos na saúde pública.

Dia 2 de março – Regulamento das exposições anuais de gado.

Maio

– Instalam-se em Portugal os primeiros focos de cólera.

Dia 8 de julho – Realiza-se em Portugal a primeira experiência de caminho de ferro entre Sacavém e Vila Franca de Xira.

Agosto

Dia 7 – Autorizada a importação de milho estrangeiro.
Dia 29 – Redação do jornal O Portuguez convoca uma reunião daquilo que designa por partido progressista

Setembro

Dia 6 – Novo regulamento dos celeiros comuns.

Dia 17 – Alexandre Herculano recusa fazer parte da comissão central do chamado partido progressista

Dezembro

Dia 8 – O papa Pio IX proclama o dogma da Imaculdada Conceição

Dia 14 – Liberdade para os escravos pertencentes ao Estado

Ainda em 1854…

– Continua governo de Saldanha. Regência de D. Fernando
– Surgem os jornais O Comércio do Porto e O Conimbricense
– D. Pedro V viaja pela Europa nos anos de 1854-1855
– João Mouzinho de Albuquerque publica Reflexões sobre a Agricultura Pátria
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Dia 12 de janeiro – Aprovados os estatutos da Associação Comercial de Lisboa.

Dia 19 de março – Escola Regional Agrícola instalada em Viseu é transferida para Coimbra

Dia 1 de maio – Inaugurada a Exposição Universal de Agricultura e Indústria de Paris

Dia 23 de junho – A Lei de 23 de Junho de 1855 criou o cargo de Presidente do Conselho de Ministros

Julho

Dia 13 – As cortes são adiadas por 65 dias, até 16 de Setembro de 1855

Dia 16 – Bens da Coroa são declarados inalienáveis e imprescritíveis

Dia 17

– Reorganização do ensino da veterinária. Estabelecimento de coudelarias civis.

– Iberismo. Revolta em Espanha. União Ibérica é oferecida ao trono do Braganças. D. Fernando terá frontalmente rejeitado a oferta.

Setembro

Dia 10 – D. Pedro V atinge os 18 anos de idade e presta juramento.
Dia 17 – Reorganização das Alfândegas. Criada uma Administração-Geral das Alfândegas e uma Guarda Fiscal
Dia 19 – Rei cria caixa verde

Outubro

– Grandes chuvadas e consequentes cheias em Portugal.

– Recrudesce a epidemia de cólera.

Dia 25 de novembro – D. Pedro V recusa assinar diploma sobre o ensino da veterinária

Ainda em 1855…

– Exposição industrial do Porto
– Participação portuguesa na Exposição de Paris
– Inauguração do serviço telegráfico
– Assinalada a exportação de frutas portuguesas para a Bélgica
– Assinado o contrato para a construção do caminho de ferro do Norte e da linha Barreiro-Beja
– Regresso à convertibilidade ouro da moeda
– Nasce João Franco
– Herculano surge como vice-presidente da Academia das Ciências
– Grandes chuvadas em Portugal nos começos do Outono
– Camilo Castelo Branco publica O Livro Negro do Padre Dinis

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[startIndexSection name=”1856″]

Dia 5 de janeiro – As Cortes são a diadas por 14 dias, até 19 de Janeiro.

Dia 16 de fevereiro – Discussão na Câmara dos Pares entre Saldanha e António Bernardo da Costa Cabral, Conde de Tomar, durante três horas.

 Março

– Discurso do Visconde da Fonte da Arcada sobre a crise agrícola.

Abril

– Epidemia de cólera instala-se e difunde-se. De Outubro de 1855 a Novembro de 1856, só em Lisboa há 3 275 mortos. Em Novembro de 1856 a epidemia de cólera extingue-se, mas começa a da febre amarela, a partir de Agosto.

Junho

Dia 6 – Governo de Loulé. De 6 de Junho de 1856 a 16 de Março de 1859. 1014 dias. 2º governo da Regeneração. 1º governo histórico. 3º governo sob o reinado de D. Pedro V. Promove as eleições de 9 de Novembro de 1856 e de 2 de Maio de 1858. Presidente começou por acumular apenas os estrangeiros; logo em 25 de Junho de 1856 passou a acumular as obras públicas, até 14 de Março de 1857; desde esta data acumulou os estrangeiros e o reino. José Jorge Loureiro na guerra e na fazenda (até 23 de Janeiro de 1857). Júlio Gomes da Silva Sanches no reino, mas por ausência deste, a pasta foi interinamente assumida por Loulé até 25 de Junho de 1856. Elias da Cunha Pessoa nos negócios eclesiásticos e justiça (até 14 de Março de 1857). Sá da Bandeira na marinha e ultramar e nas obras públicas (até 25 de Junho de 1856). Sá da Bandeira foi sempre ministro da marinha, mas acumulou as obras públicas até 25 de Junho de 1856 e a guerra desde 23 de Janeiro de 1857. Silva Sanches começou no reino, acumulou com a fazenda, desde 23 de Janeiro de 1857, e ficou apenas na fazenda desde 14 de Março de 1857.

Dia 16 – Carta de lei autoriza a criação do Banco Mercantil. Estavam apenas em funcionamento o Banco de Portugal em Lisboa e o Banco Comercial do Porto.

Dia 25 – Sá da Bandeira cede as obras públicas a Loulé (até 14 de Março de 1857). Júlio Gomes da Silva Sanches assume efetivamente a pasta do reino (até 14 de Março de 1857)

– D. Pedro V recusou a Saldanha uma fornada de vinte pares considerando que a oposição é uma condição essencial dos governos representativos, e todo o ataque que se lhe dirige é um ataque que vai recair sobre as próprias instituições.

Dia 24 de julho – Em 24 de Julho de 1856, liberdade para os filhos dos escravos nascidos no ultramar, depois de atingirem os 20 anos

Agosto

Dia 8 – Por causa do mau ano agrícola (no Outono de 1855, grandes chuvadas e cheias), houve no dia 8 de Agosto de 1856 uma manifestação em Lisboa contra a alta do custo de vida, numa das primeiras revoltas dos abastecimentos. Tumultos e assaltos a lojas. Autorizadas importações de géneros alimentícios.

Dia 28 – Nova Companhia. Constituída a Associação Geral do Comércio e Hipotecas.

 – Surge a epidemia de febre amarela

Setembro

Dia 5 – É emitido o manifesto da comissão eleitoral progressista de Lisboa. Já antes, em 3 de Julho, O Portuguez anunciara que o partido progressita anunciaria em breve o respectivo programa. Com efeito, o grupo de Rodrigo e Fontes nunca tivera um programa formal.

Dia 29 – Decreto aumenta o número de deputados de 156 para 162. Mais cinco no Continente. Mais um em Ponta Delgada.

Dia 28 de outubro – Inauguração solene do caminho de ferro entre Lisboa e o Carregado.

Dia 9 de novembro – Eleições de 9 de Novembro de 1856. Oposição regenerador com 38 deputados. Cinco deputados miguelistas que recusam prestar juramento. Regeneradores conseguem 8 deputados em Lisboa.

Ainda em 1856…

– Herculano começa a publicar os Portugaliae Monumenta Historica
– Publicadas as Poesias de Soares dos Passos
– Surge o Almanaque do Cultivador em 1856-1857
– Henriques Nogueira publica O Município no Século XIX

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[startIndexSection name=”1857″]

Fevereiro

Dia 21 – Concordata com o papa Pio IX sobre a questão do padroado português no Oriente.

Março

– António José de Ávila e Carlos Bento da Silva passam-se dos cabralistas para os históricos, assumindo funções governamentais. Ferrer na justiça.

Maio

Dia 4 – Ferrer sai do governo.

Julho

– Sá da Bandeira demite Saldanha de Comandante Supremo do Exército.

Outubro

– Autorizada a entrada em Portugal das Irmãs da Caridade.

Novembro

– Questão da barca Charles et Georges.

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[startIndexSection name=”1858″]

Dia 26 de março – Dissolução da Câmara dos Deputados em 26 de Março de 1858.

Dia 31 de março – Ávila substitui José Silvestre Ribeiro nos negócios eclesiásticos e justiça

Abril

Dia 6 – Marcadas as eleições

Dia 29

– Decreto fixa a data de 29 de Abril de 1878 para a extinção da escravatura. Esta data-limite será antecipada pelo decreto de 23 de Fevereiro de 1869.

– D. Pedro V casou com D. Estefânia. Em 18 de Maio, a nova rainha chegava a Lisboa. Em 17 de Julho de 1859 a rainha falecia, por causa de um ataque de difteria.

Maio

Dia 2 – Eleições. Vitória das ministeriais históricos. a oposição, então chamados coligados, reúne cartistas e miguelistas. Dos 24 deputados oposicionistas eleitos (num total de 162), há dois miguelistas, Carlos Zeferino Pinto Coelho e Estevão José Palha que não chegam a exercer as funções para que foram eleitos, porque recusam prestar juramento à Carta. Também recusa o mandato Alexandre Herculano, eleito deputado histórico por Sintra.
Dia 5 – Sai o primeiro número do Archivo Rural. Subsídios do governo a sociedades agrícolas, tendo em vista, sobretudo a horticultura.
Dia 18 – D. Estefânia chega a Lisboa.

Junho

Dia 7 – Abertura do parlamento. A sessão dura até 23 de Novembro de 1859.
Dia 20 – Violento artigo contra as Irmãs da Caridade é publicado em O Portuguez, órgão do partido histórico.

Julho

– Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados propõe a livre importação de cereais.

Agosto

Dia 2 – Deputado Rodrigues Vidal defende que se facilite a cultura do arroz em Portugal.

Dia 13 – Chega a Lisboa a barca Charles et George

Dia 14

– Governo é autorizado a estabelecer a livre importação dos cereais.

– As Cortes são adiadas por 58 dias, até 11 de Outubro de 1858.

– Surto de febre aftosa no Norte em Agosto e Setembro.

Dia 10 de setembro – Livre importação de cereais

Outubro

– Crise na praça comercial do Porto provocada pelo excesso de vinho armazenado e sem qualidade

– Exposição de gados no Porto

– Ultimato francês

Novembro

Dia 5 – Discurso de José Estevão

Dia 12 – Tratado com a Dinamarca

Dezembro

Dia 16 – Sá da Bandeira substitui Couceiro na guerra

Dia 28 – Habitantes das Caldas da Rainha dirigem-se à Câmara dos Deputados protestando contra os males provocados pela cultura do arroz

Dia 31 – Comício anticlerical presidido por Alexandre Herculano.

Ainda em 1858…

– Morte de Rodrigo da Fonseca

– Adrião Pereira Forjaz Samapaio publica Economia Política

– Caminho de ferro chega à Ponte de Asseca

– Manifesta-se em Portugal a moléstia das vinhas oidium tuckeri

– Há cem máquinas de ceifar em laboração

– Grande procura de sementes de pinheiro bravo na Administração Geral das Matas

– Assinalada a exportação de bovinos para Inglaterra

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[startIndexSection name=”1859″]

Janeiro

– Rodrigo Morais Soares, director do Archivo Rural lançara o grito de criação de um partido dos agrocratas, para o fomento da agricultura

Dia 18 – Depois de em Outubro surgir uma crise na praça comercial do Porto por causa do vinho, eis que em 18 de Janeiro de 1859, o rei não aceita a demissão de Loulé que, na Câmara dos Deputados tem apenas uma maioria de 7 votos

Dia 31 – Comissão de Saúde Pública da Câmara dos Deputados insurge-se pela primeira vez contra a cultura do arroz.

Março

Dia 4 – Em 4 de Março de 1859, José Estevão e Ferrer apresentam uma moção anticlerical. A Câmara dos Deputados ratificou a concordata em 6 de Fevereiro de 1860.

Dia 16 – Governo do duque da Terceira/ Joaquim António de Aguiar. De 16 de Março de 1859 a 4 de Julho de 1860. 477 dias. Até à sua doença, Terceira acumulou a presidência, a guerra e os estrangeiros. Terceira morre em 26 de Abril de 1860. Fontes Pereira de Melo no reino, mas acumulando a marinha desde 16 de Março de 1860; Martens Ferrão nos negócios eclesiásticos e justiça (até 4 de Julho de 1860); Casal Ribeiro na fazenda, com os estrangeiros desde 24 de Abril de 1860; Adriano Maurício Guilherme Ferreri na marinha (até 12 de Março de 1860, quando faleceu); António Serpa nas obras públicas. A partir de 1 de Maio, o governo passa a ser presidido por Joaquim António de Aguiar, depois da morte de Terceira em 26 de Abril.

– Extinto o Conselho Superior de Instrução Pública de Coimbra. Emitido diploma sobre moedeiros falsos
– Rodrigues Sampaio é nomeado vogal do Tribunal de Contas

Dia 18 de abril – Serpa propõe a liberalização dos cereais logo em 18 de Abril.

Maio

Dia 23 – O ministro da fazenda Casal Ribeiro autoriza a venda de diamantes em bruto

Dia 27 – Encerra o parlamento.

Junho

Dia 1 – Criado o Conselho Especial da Veterinária

Dia 11

– Ratificado tratado com a Dinamarca

– Vinhas portuguesas são afectadas pelo oidium

Dia 21 – Criados lugares de veterinários distritais

Dia 30 – Decretada a livre introdução do milho no reino.

Dia 17 de julho – Morte da rainha D. Estefânia

Dia 19 de agosto – Organização do Tribunal de Contas

Dia 14 de setembro

– Regulamento do Curso Superior de Letras

– Assinado um contrato com o financeiro espanhol D. José de Salamanca para a conclusão da via férrea do Norte e para a ligação ao Entroncamento

Outubro

Dia 5 – Reforma do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria.

Dia 31 – O Diário do Governo passa a designar-se Diário de Lisboa. Folha official do Governo Portuguez

Novembro

Dia 4 – Reabre o parlamento

Dia 23

– Dissolução da Câmara dos Deputados em 23 de Novembro de 1859

– Nova lei eleitoral. Influenciada por Oliveira Marreca e José Estevão. Emitida por uma Câmara dos Deputados de maioria histórica durante um governo regenerador. Estabelecidos círculos uninominais. Diminuição do censo.

Ainda em 1859…

– Alexandre Herculano instala-se em Vale de Lobos
– Camilo Castelo Branco foge com Ana Plácido
– O monopsónio inglês na compra da cortiça é furado por um empresário português, Albergaria Freire, que instala uma fábrica de rolhas.

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[startIndexSection name=”1860″]

Janeiro

Dia 1 – Eleições. Vitória dos governamentais regeneradores que integram ex-cabralistas. 15 deputados da oposição histórica. 2 deputados miguelistas.

Dia 26 – Reabre as Cortes. Reabre o parlamento

Fevereiro

Dia 6 – Câmara dos Deputados ratifica a Concordata. Fim da questão do padroado.
Dia 13 – Reforma do MOPCI. Confirmada a reforma do ministério e a livre introdução dos cerais em 13 de Fevereiro de 1860.

Março
Dia 16 – Fontes substitui Adriano Maurício Ferreri na marinha, por morte deste. Teve uma congestão cerebral em plena Câmara dos Deputados em 9 de Março de 1860, face aos ataques do deputado Ferreira de Almeida.
Dia 20 – Em 20 de Março de 1860 surgia a Associação Industrial Portuguesa.

Abril

Dia 24 – Em 24 de Abril de 1860, Com a doença de Terceira, António Serpa passa a acumular a guerra e Casal Ribeiro a acumular os estrangeiros.
Dia 26 – Morte do Duque da Terceira

Dia 1 de maio

– Em 1 de Maio de 1860: Joaquim António de Aguiar assume a presidência; Joaquim António Velez Barreiros, barão da Senhora da Luz assume a pasta da guerra; José Marcelino Sá Vargas na marinha; Casal Ribeiro mantém a fazenda e os estrangeiros; António Serpa fica apenas com as obras públicas.

– Aumenta a repressão dos moedeiros falsos.

– Aumento dos impostos para o financiamento dos caminhos de ferro. Começam a intensificar-se as acusações de corrupção contra os governantes. Estes são vistos como ladrões por parte importante da opinião pública.

Dia 10 de junho –  Fundação da Real Associação Central da Agricultura Portuguesa que em 13 de Janeiro de 1861 elegeu João Rebelo da Costa Cabral como primeiro presidente.

Julho

Dia 3 – Tratado entre Portugal e o Japão. Assinado por Isidoro Guimarães, então governador de Macau.
Dia 4 – Governo de Loulé/ Sá da Bandeira. De 4 de Julho de 1860 a 17 de Abril de 1865. 1749 dias. Presidente começa por acumular o reino (até 21 de Fevereiro de 1862). Loulé esteve ausente de 12 de Setembro a 6 de Outubro de 1862, sendo interinamente substituído por Sá da Bandeira.

– António José de Ávila soma a fazenda e os estrangeiros (até 21 de Fevereiro de 1862). Loulé passará também pelas obras públicas, reino e estrangeiros. Belchior José Garcez Penha na guerra. Carlos Bento da Silva na marinha (até 21 de Fevereiro de 1862) Alberto António Morais de Carvalho nos negócios eclesiásticos e justiça. Tiago Augusto Veloso da Horta nas obras públicas (até 26 de Fevereiro de 1862). Reforçam-se as posições dos antigos cabralistas chamados ao governo histórico.

Dia 30 – Extinção da décima industrial.

Dia 10 de agosto –  Tratado com os Países Baixos regulariza a questão de Timor.

Dia 1 de setembro – Autorizada a livre importação de cereais.

Novembro

Dia 5 – As cortes adiadas por 63 dias até 7 de Janeiro de 1861

Dia 30 – Lançado inquérito à s sociedades agrícolas.

Dia 3 de dezembro

– 3ª Exposição agrícola do Porto.

– Sá da Bandeira substitui Belchior José Garcez Penha na guerra.

Ainda no ano de 1860…

– Começa a trabalhar em Portugal a primeira debulhadora Ransomes & Sims
– Andrade Corvo publica Realatório sobre a Cultura do Arroz em Portugal e sua Influência sobre a Salubridade Pública
– Tentativa frustrada de fundação da Associação Geral de Crédito Predial e Agrícola
– Morte de Soares dos Passos
– Prisão de Camilo Castelo Branco
– Luís António Rebelo da Silva começa a publicar a História de Portugal nos Séculos XVII e XVIII, até 1871.
– Welwitsch em Angola
– Herculano na Comissão Revisora do Código Civil

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[startIndexSection name=”1861″]

Janeiro

– Relatório de António José de Ávila sobre o estado da fazenda pública

Dia 13 – João Rebelo da Costa Cabral eleito presidente da RACAP

Dia 14 – Em 14 de Janeiro de 1861 acontecia a abertura solene do Curso Superior de Letras.

Fevereiro

Dia 18

– Parecer da Câmara dos Pares sobre a venda de bens das ordens religiosas

– Grandes temporais. Mortandade de gado.

Março

Dia 5 – Em 5 de Março de 1861 é emitida uma portaria contra a congregação das Irmãs da caridade. Reage na Câmara dos Deputados, D. Rodrigo de Meneses, criticando a pressão da Revolução Francesa, considerada tão funesta quanto as fogueiras da Inquisição.

Dia 27 – Em 27 de Março dá-se a dissolução da Câmara dos Deputados, seguindo-se as eleições de 22 de Abril. Maioria de históricos, mas com cerca de meia centena de deputados oposicionistas.

Abril

Dia 10

– Nomeada comissão para a organização da participação portuguesa na Exposição Universal de Londres, a realizar em 1862.

– Desamortização dos bens das freiras e das igrejas, com incorporação dos mesmos na fazenda nacional, em Abril de 1861

Dia 22 – Eleições. Oposição regeneradora com quarenta deputados.

Maio

Dia 17 – Fornada de 15 pares

Dia 20 – Depois da reabertura das Cortes, em 20 de Maio, o governo emite um decreto de 22 de junho que dissolve a congregação das Irmãs da Caridade. Contudo, por pressão diplomática francesa, o diploma acaba por não ser aplicado.

Dia 22 de junho – Dissolução das Irmãs da Caridade

Julho

– Governo apresenta na Câmara dos Deputados proposta para a criação de uma quinta exemplar de agricultura.

Agosto

Dia 20 – Autorizado o quarto banco português: Banco União.

Dia 25

– Inaugurada a Exposição Industrial do Porto, no Palácio de Cristal.

– Tratado de Amizade entre Portugal e a China, negociado por Isidoro Guimarães em Pequim.

Dia 20 de setembro – Autorizada a livre importação de cereais.

Novembro

Dia 5 – Em 5 de Novembro de 1861, a cortes adiadas por 58 dias até 2 de Janeiro de 1862

Dia 11 – Nos começos do Outono, o rei visita o Alentejo. Comitiva contrai peste. O infante D. Fernando morre a 6 de Novembro. D. Augusto em perigo de vida. D. Pedro V morre a 11 de Novembro. D. Luís e D. João estavam em Paris. Tinham saído de Portugal em 18 de Setembro. D. Luís regressa a Lisboa no dia 14 de Novembro. D. João acaba também por morrer em 27 de Dezembro.

Dezembro

Dia 22 – Aclamação de D. Luís I.

Dia 25 – Tumultos no Natal de 1861 nos dias 25 e 26. Acusam-se os lazaristas, os espanhóis e Loulé de envenenamento do rei. Querem incendiar a casa de Loulé. O conde da Ponte chega a ser atacado à saída do paço. Morre na altura Passos Manuel.

Ainda em 1861…

– Caminhos de ferro do Barreiro a Vendas Novas e do Pinhal Novo a Setúbal.
– Exposição Industrial no Porto
– Franciscanos compram antigo convento de Varatojo
– Negociações no Vaticano para novo acordo para a execução das leis de desamortização.
– Guilherme I sobe ao trono na Prússia
– Fundado o Observatório Astronómico da Ajuda
– Começa a guerra da secessão nos Estados Unidos (1861-1865)
– Vítor Emanuel rei de Itália (1861-1872)
– Henrique da Gama Barros publica Repertório Administrativo
– Carlos Morato Roma publica na Academia das Ciências A Questão da Moeda

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[startIndexSection name=”1862″]

Março

– José Estevão eleito grão-mestre da CMP.

Maio

– Tumultos no Minho.

Junho

– Irmãs da Caridade abandonam Portugal.

Setembro

– Revolta da Maria Bernarda.

Novembro

– Morte de José Estevão.

Ainda em 1862…

– Tumultos em Braga e Aveiro.

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