SOBRE

manuel alegre

Em 1 de agosto de 1826:

  • Francisco Manuel Trigoso Aragão Morato no reino;
  • Barradas, interinamente na justiça (esperava-se Pedro de Melo Breyner que se encontrava em Paris) até 14 de agosto, data em que foi nomeado Morato, interinamente mas no dia 15 de agosto, por pressão de Saldanha, era nomeado José António Guerreiro;
    • Brigadeiro João Carlos Saldanha na guerra;
    • Almirante Inácio da Costa Quintela na marinha;
    • Hermano José Braamcamp de Almeida Castelo Branco, o 2º barão do Sobral na fazenda;
    • D. Francisco de Almeida Portugal, o futuro conde do Lavradio, nos estrangeiros.

    Num total de seis pastas, haverá dois ou três maçons (Barradas, Saldanha e Sobral). Saldanha assume-se, então, como um homem de confiança do chamado partido exaltado. Saldanha tinha então a ajudá-lo, na secretaria da guerra, Rodrigo Pinto Pizarro. Segundo José Liberato era o seu anjo da guarda para que não caísse em muitos precipícios, em que no futuro caiu, quando o não teve ao seu lado para lhe dar a mão

    Em 13 de outubro de 1826:

    • Almirante Inácio da Costa Quintela passa a acumular a guerra; Saldanha desloca-se para o teatro das operações militares no Sul (revolta anti-cartista no Algarve desde 5 de outubro);
    • Carlos Honório de Gouveia Durão na justiça, em lugar de Guerreiro.

    Em 14 de novembro de 1826:

    • Pedro de Melo Breyner na justiça (estava, até então, em Paris).

    Em 6 de dezembro de 1826:

    • Luís Manuel de Moura Cabral substitui Francisco Manuel Trigoso de Aragão Morato na pasta do reino;
    • António Manuel de Noronha, futuro Visconde de Santa Cruz, na marinha;
    • Marquês de Valença, D. José Bernardino de Portugal e Castro, na guerra.

    Em 14 de novembro Pedro Melo Breyner chega de Paris e assume a pasta da justiça. Grandes tensões no governo. Valença e Lavradio querem nomear Beresford e afastar Saldanha. Em 6 de dezembro, Pedro Melo Breyner tenta afastar do governo Sobral e Lavradio. Chega a ir às Câmaras queixar-se dos colegas. Moura Cabral, por estar doente, nunca assumiu efetivamente a pasta do reino. O marquês de Olhão chega a ser nomeado para a fazenda, mas o decreto não lhe chega a ser remetido. Santarém é nomeado para o reino, mas logo pede escusa. De qualquer maneira, Aragão Morato sai da pasta do reino, para onde é nomeado Moura Cabral. O marquês de Valença assume a pasta da guerra, donde sai Costa Quintela. António Manuel de Noronha  na marinha, pasta  também ocupada por Quintela.

    Em 16 de dezembro de 1826:

    Entram para o governo duas figuras gradas ao miguelismo.

    • D. Francisco Alexandre Lobo, bispo de Viseu, substitui Moura Cabral na pasta do reino;
    • Moura Cabral passa para a justiça, onde substitui Pedro de Melo Breyner;
    • Almirante António Manuel de Noronha substitui o almirante Inácio da Costa Quintela na marinha.

    Em 9 de janeiro de 1827:

    • Cândido José Xavier na guerra, onde substitui o marquês de Valença.

    Em 1 de maio de 1827:

    • Saldanha retoma a pasta da guerra.

    Em 8 de junho de 1827:

    • Manuel Francisco de Barros e Sousa de Mesquita de Macedo Leitão e Carvalhosa, 2º visconde de Santarém substitui o bispo de Viseu na pasta do reino;
    • D. Bernardo António de Figueiredo, bispo do Algarve, substitui Moura Cabral na pasta da justiça;
    • D. Diogo de Menezes Ferreira de Eça, conde da Lousã, substitui o barão do Sobral na fazenda;
    • Marquês de Palmela  substitui D. Francisco de Almeida Portugal nos estrangeiros (estando embaixador em Londres, foi substituído por Saldanha).

    Em 26 de julho de 1827:

    • Conde da Ponte substitui Saldanha na guerra e Palmela nos estrangeiros.

    Em 14 de agosto de 1827:

    • Manuel António de Carvalho, futuro barão de Chanceleiros (em 1840) na fazenda (onde substitui o conde da Lousã) e na justiça (onde substitui o bispo do Algarve).

    Em 7 de setembro de 1827:

    • Desembargador Carlos Honório de Gouveia Durão substitui o visconde de Santarém no reino e na marinha;
    • Cândido José Xavier, maçon, amigo e aliado de Saldanha, substitui o conde da Ponte na guerra e nos estrangeiros;
    • Desembargador José Freire de Andrade, outro maçon,  na justiça.

    Em 13 de outubro de 1826, dá-se uma remodelação governamental. Saldanha desloca-se para o teatro de operações de guerra no Algarve e dece a pasta da guerra ao Almirante Inácio da Costa Quintela.

    Em 11 de dezembro, entram para o governo D. Francisco Alexandre Lobo (substitui Moura Cabral no reino que nunca a assumiu efetivamente) e o Almirante António Manuel de Noronha (substitui Costa Quintela na marinha). Moura Cabral passa para a justiça, donde sai Pedro Melo Breyner. Como observa Oliveira Martins, o governo venceu, mas esse governo já era pelos vencidos, não pelos vencedores.

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