SOBRE
De 21 de março a 19 de maio de 1906 (62 dias).
26º governo depois da Regeneração. 9º governo regenerador. 3º governo depois da desagregação partidária. 3º e último governo hintzáceo. 9º governo do reinado de D. Carlos.
Promove as eleições de 29 de abril de 1906, apesar da dissolução ter sido solicitada pelo anterior governo progressista.
- Presidente acumula o reino;
- Na justiça, Campos Henriques;
- Na fazenda, António Teixeira de Sousa;
- Na guerra, Pimentel Pinto;
- Na marinha e ultramar, José de Azevedo Castelo Branco;
- Nos estrangeiros, Wenceslau de Lima;
- Nas obras públicas, Pereira dos Santos.
Nomeados novos governadores civis e administradores de concelho. Conde de Sabrosa, governador civil de Lisboa (28 de março).
Anunciado o acordo de concentração liberal entre José Luciano e João Franco (4 de abril).
No dia 8 de abril, amotinação do cruzador D. Carlos I, surto no Tejo. Consegue a pacificação junto dos revoltosos o antigo ministro Francisco Joaquim Ferreira do Amaral. No dia 13, sublevação no couraçado Vasco da Gama.
Comícios republicanos na Estefânia e nos Olivais, em 22 de abril. No dia 24 são apreendidos os jornais Lucta, Vanguarda e Mundo por publicarem os discursos dos comícios.
Eleições em 29 de abril (domingo). Incidentes no Rossio em 4 de maio, quando republicanos esperam a chegada de Bernardino Machado. No dia 6, incidentes na praça de touros do Campo Pequeno: espectadores voltam as costas à família real e ovacionam Afonso Costa.
Em 15 de maio, o governo pede o adiamento das Cortes. D. Carlos não vai conceder a pretensão de Hintze.