Governo de Palmela
1846
SOBRE
De 20 de maio de 1846 a 6 de outubro de 1846. 2º governo da restauração da Carta.
Numa primeira fase:
-
Presidente ocupou as pastas do reino, dos negócios eclesiásticos e justiça e da fazenda;
- Terceira na guerra e na marinha e ultramar (até 26 de maio de 1846);
-
Saldanha, que estava em Viena, foi nomeado para os estrangeiros, pasta que, contudo, foi exercida por Terceira[1].
Em 23 de maio de 1846:
- Terceira substituído por Luís Mouzinho de Albuquerque na marinha e ultramar.
Em 26 de maio de 1846:
-
Luís Mouzinho de Albuquerque passa da marinha e ultramar para o reino, onde substitui Palmela (até 19 de julho);
- Saldanha sucede a Terceira na guerra, mas logo se fez substituir por José Jorge Loureiro que também passou a acumular a marinha e ultramar;
- Conde do Lavradio substitui Terceira nos estrangeiros;
-
Joaquim Filipe de Soure nos negócios eclesiásticos e justiça[2].
Terceira abandona o gabinete. Palmela mantém-se na presidência e na fazenda.
Em 19 de julho de 1846:
- Palmela, mantendo-se na presidência, abandona a fazenda e regressa ao reino;
- Joaquim António de Aguiar substitui Soure nos negócios eclesiásticos e justiça;
- Sá da Bandeira substitui Loureiro na guerra;
- Luís Mouzinho de Albuquerque na marinha e ultramar;
- Júlio Gomes da Silva Sanches na fazenda;
- Conde do Lavradio mantém-se nos estrangeiros.
Cerca de um mês depois do início da sublevação do Minho, o governo de Terceira/ Cabral apresenta a demissão e, com os Cabrais partindo para o exílio espanhol, tentou-se um triunvirato dos três duques, com Palmela, Terceira e Saldanha.
Segundo Fronteira, Palmela passou-se para a oposição quando o anterior governo não reconheceu uma dívida de D. Miguel à casa do conde da Póvoa; terá sido influenciado por Carlos Bento da Silva, até então deputado cabralista, antigo amanuense elevado à categoria de ofical por Tojal e Costa Cabral; era redator do Diário do Governo e, depois de demitido, passou a receber uma pensão da casa Palmela.
Dissolução da Câmara dos Deputados em 23 de maio de 1846.
Terceira abandona o gabinete. Palmela mantém-se na presidência e na fazenda.
Em 27 de julho, novo decreto eleitoral, marca eleições para 11 de outubro.
[1] Ver Memórias do Conde de Lavradio, III, p. 209.
[2] Ver Memórias do Conde de Lavradio, III, p. 210.